Presidente do Sisnova, Sônia Maria, cobra transparência da
Prefeitura
A presidente do Sisnova (Sindicato dos Servidores Públicos
Municipais de Nova Serrana). Sônia Maria de Jesus buscou junto ao Ministério
Público (MP) esclarecimento sobre a demissão em massa de funcionários da
Prefeitura de Nova Serrana. De acordo com a presidente, o Poder Executivo não agiu
com clareza em relação ao fato e tão pouco justificou a ação. Sônia afirma ter
recebido no Sindicato várias pessoas demitidas pela atual administração,
procurando respostas por tal ato.
A representante recebeu a informação da promotoria pública
de que uma documentação foi enviada para a administração municipal recomendando
uma adequação do funcionalismo para a promoção de concurso público. “A
promotoria nos enviou a mesma documentação”, disse Sônia ao mostrar os papéis. “Nós
recebemos informações por terceiros de que funcionários estavam sendo demitidos. O Sisnova não recebeu
nenhuma informação oficial sobre a demissão em massa, então nós procuramos o
promotor para saber o que estava acontecendo”, contou Sônia.
Boatos e esclarecimentos
Ela alega ter conhecimento de alguns rumores entre
funcionários da prefeitura, justificado as demissões como forma de compensar os
gastos que a administração supostamente teria com a adequação, cobrada pelo
Sisnova no projeto apresentado pelo Poder Executivo à Câmara Municipal, no mês
passado, sobre o plano de saúde dos servidores.
Demissão Seletiva
A presidente disse que, pelo menos, 25 servidores procuravam
o Sisnova para pedir explicações. “O servidor é assim, quando acontece alguma
coisa é o Sindicato que eles procuram para saber sobre os direitos deles e se
esclarecer sobre o que ele acha necessário. Mas como podemos fazer isso se não
há transparência?”, questionou. Segundo ela os funcionários foram até o
Sindicato, pois também não sabiam o porquê das demissões. “Adequar a máquina
pública” é mais do que certo, pois o nosso interesse é que na Prefeitura atuem
os servidores efetivos”, disse. “Porem, se é para fazê-la então que essa
adequação passe por todos os setores e não somente do baixo escalão”, afirmou.
Segundo Sônia, até o momento, somente os servidores do Pátio e da Educação
foram procurar o Sisnova.
Desistência do Aviso Prévio
Outra situação na qual a presidente do Sisnova levantou
suspeita é a questão de um documento no qual o funcionário assina a desistência
do cumprimento do Aviso Prévio. “Eu
perguntei para alguns contratados que vieram aqui, se tinham desistido mesmo do
Aviso”. “Eles disseram que foram instruídos a assinar o papel, para cumprirem o
Aviso em casa”, denunciou. “Creio eu, que esse procedimento é para adequar em
tempo hábil à solicitação do promotor”, presumiu. “Mandamos um representante
nosso ao Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura, e lhe foi informado,
verbalmente, que o Aviso poderia ser cumprido em casa e que a Prefeitura iria
pagar todos os honorários dos funcionários demitidos”, completou. A promotoria
estabeleceu um prazo inicial de 60 dias para a Prefeitura fazer adequações. A documentação
foi enviada à administração em abril deste ano.